domingo, 1 de março de 2015

Da série "escritos à lápis (e lágrimas)"

3:33 e me lembro de você.
Você e suas fixações por números e relações.
Você e suas tatuagens que adoro e que não gosto,
Mas que por gostar de você acabo gostando mesmo assim.
Você e suas contradições complexas, suas virtudes e contrastes tão familiares.

Uma dor de cabeça muito forte me faz companhia e com ela, um choro continuo e contido, um medo e um sentimento de vazio. Escrevo tudo isso porque me parece didático, terapêutico, ou porque um dia eu me interesse por uma memória  sentimental de mim mesma. Não sei se publico no meu baú de segredos, nem se te envio numa mensagem privada, não há novidades, nem angústias que nós dois não saibamos.

Hoje me perguntava porque eu complico tudo, porque é mais simples te ter cada vez mais próximo sob o rótulo de amigo, do que cada vez mais público sob qualquer outro. Sobre amigos não temos que dar tantas explicações; amigos sempre serão amigos, ainda que algum dia, por algum tempo fiquem distantes; ex amigos são casos raros, há apenas pessoas que descobrimos que nunca foram realmente amigas; ex qualquer outra coisa passam a ser apenas referências quando contamos casos do passado, ainda que lembranças muito felizes, não mais presenças.

Na minha história, a solidão sempre foi minha melhor companhia e não teve uma só pessoa capaz de abalar essa relação, não será ninguém, talvez, talvez não seja você.

Te conto isso para que você entenda, para que eu mesma possa entender. Agora, no meio de minhas confusões, limitações e traumas, prefiro a ideia de ter para sempre como amigo, do que ter a certeza de que um dia não seremos mais nada. 

Te quero muito bem e te quero, pra sempre, por perto. 

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